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Fortalecimento dos vínculos familiares

Nesses 18 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, completados dia 13 de julho, sempre alarmou a sociedade o grande número de casos envolvendo o desaparecimento de menores. Estatísticas da Delegacia Estadual de Crianças e Adolescentes (DECA) apontam que o problema atinge jovens de todas as idades. Inicialmente, crianças a partir dos oito, ou nove anos, representam 4,5% das desaparecidas no Estado. Porém, o ápice acontece entre adolescentes de 14 a 16 anos, o que eqüivale a 47% dos casos. As principais causas são: maus-tratos, ausência familiar, seqüestros, raptos, drogas e exploração sexual. Fatores de risco como a violência física, psicológica e sexual ocorrida mesmo dentro de casa, reforçam o problema, como o tráfico de seres humanos, de órgãos e drogas, a prostituição, o trabalho escravo e, principalmente o enfraquecimento dos vínculos familiares. Dados oficiais apontam que houve 4800 casos de desaparecimento no Estado em 2007, desses, 3405 foram solucionados. No primeiro semestre de 2008, foram registrados 2060 desaparecidos, de janeiro a junho, quando houve a solução de 1461 casos.Apesar das inúmeras dificuldade para desfecho da questão, o Rio Grande do Sul é referência em eficácia na solução dos casos. Mas, para que o Estado combata o problema de forma eficiente, a população deve participar com firmeza em relação à solução das causas, mas também no pronto atendimento aos casos e denuncias. Registrar ocorrência, municiar as autoridades com o maior número de dados sobre o desaparecido, como apelido, foto e autorização do responsável para publicação nos meios de comunicações. Também possíveis locais para a localização, vestes no momento do desaparecimento e nomes e telefones de amigos e parentes. Contudo o principal fator para atenuar tal situação só será encontrado quando houver maior valorização da família e seus laços. O fortalecimento dos laços familiares é capaz de milagres, como afastar o jovem das drogas, das ruas e auxiliar no amadurecimento de uma infância sadia. O principal fato a se investir, concomitante com iniciativas do Estado no combate às conseqüências, vem de instituições como família e a escola que têm papel fundamental na formação de cidadãos. Gravidez na adolescência, uso de drogas cada vez mais pesadas, baixo ou nenhum apoio e participação familiar, somados às más companhias, como diziam os mais antigos, devem ser observados de perto se não quisermos pôr nossas crianças e adolescentes em risco.
Fonte: Site Assembléia Legislativa

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