A elaboração do plano de ação que contemplará uma projeção para um período de dez anos, definindo diretrizes para o setor metal-mecânico, voltado à consolidação do pólo naval em Rio Grande e que terá reflexos em toda a Zona Sul do RS, é um dos objetivos do convênio celebrado entre o governo do Estado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento e dos Assuntos Internacionais (Sedai) e a Fundação Universidade Federal de Rio Grande (Furg). A Sedai liberou R$ 100 mil para que, em parceria com a Furg, haja uma conjugação de esforços para elaborar estratégias de caráter industrial na orientação de empreendedores na cadeia metal-mecânica voltada para o pólo naval. A Furg executará o trabalho em quatro meses e o plano estará focado nos seguintes aspectos: estado da cadeia produtiva da indústria naval em âmbito global, nacional e local, demandas atuais de capacitação de mão-de-obra e na capacidade das indústrias regionais de fornecerem bens e serviços.À Sedai cabe a responsabilidade de executar o programa estruturante Mais Trabalho Mais Futuro, uma meta que a governadora Yeda Crusius estabeleceu como parâmetro para levar o Rio Grande do Sul a um novo patamar de desenvolvimento. Inegavelmente, a cadeia produtiva da construção naval engloba macrocomplexos, o que levou a definir a presente ação focada no setor metal-mecânico, no ramo industrial do aço em chapas, perfis e barras, além de ligas leves de alta resistência mecânica, insumos de maior demanda para a construção de instalações off-shore, como plataformas de prospecção de petróleo e gás natural.A Sedai administra o Distrito Industrial de Rio Grande e a Zona de Processamento de Exportações (ZPE), áreas físicas dotadas de toda infra-estrutura e prontas para sediar empreendimentos industriais localizados na retaguarda do Superporto do Rio Grande. Obviamente, além de ordenamento e gestão territorial, o Plano de Ação definirá diretrizes em caráter macro que servirão de base para futuros programas que virão a ser criados, tanto no campo social direcionado para saúde, educação e habitação, como de integração econômica que contemple a coesão intra-urbana e o cluster portuário e marítimo. Projetar ações que contemplem a dinâmica econômica requer um conjunto de ações que promovam a inovação e agreguem tecnologia aos setores tradicionais da economia gaúcha, o governo do Estado foca sua atuação em setores portadores de futuro para que o Rio Grande do Sul possa aproveitar o diferencial competitivo de seu capital humano altamente qualificado.
Fonte: Jornal Agora Rio Grande
O futuro do RS e a qualificação do Pólo Naval
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