Um dos temas que surgiram nesse mês de conscientização sobre prevenção ao câncer de mama foi a influência negativa de uma vida sedentária para o combate à doença. A importância da prevenção e do diagnóstico precoce se justifica pelo potencial índice de cura de 95% nos casos em estágio inicial. A mensagem foi reforçada no outubro rosa.
No Brasil, o câncer de mama representa a principal causa de morte por neoplasias malignas em mulheres. A doença possui maior incidência nas mulheres a partir dos 35 anos, aumentando progressivamente, e após os 50 anos. A estimativa é que em 2018, 59.700 novos casos de câncer de mama sejam diagnosticados no Brasil.
Recentemente, um artigo publicado na revista Nature, tradicional publicação científica interdisciplinar britânica revelou que cerca de 12% das mortes causadas por câncer de mama no Brasil são atribuídas ao sedentarismo. O estudo que contou com a participação do Ministério da Saúde mostrou que uma em cada 10 mortes causadas pela doença poderiam ter sido evitadas com a simples prática de exercícios regulares. A análise também identificou que 6,5% dos óbitos por câncer são devido ao consumo de bebidas alcoólicas, ao sobrepeso e ao consumo de açúcar.
A conclusão da pesquisa é de que a prática diária de caminhada de 30 minutos, cinco vezes por semana, teria evitado 2.075 mortes decorrentes do câncer apenas em 2015. A explicação é que com os exercícios, ocorre uma diminuição do estradiol e um aumento na globulina de ligação a hormônios sexuais, o que provoca redução de inflamatórios e aumento das substâncias anti-inflamatórias.
O Outubro Rosa 2018 está acabando, mas deixa uma mensagem clara de mais consciência da necessidade de uma vida mais saudável. “Resta comprovada a importância da prática rotineira de atividade física para além da qualidade de vida ou da estética, agora temos mais uma razão para incentivar hábitos de vida mais saudáveis”, comentou o deputado federal Márcio Biolchi (MDB-RS).
