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Jornal Valor Econômico – Estados e municípios garantem sustentabilidade dos arranjos produtivos

Hoje existem perto de 950 Arranjos Produtivos Locais (APLs) no país, responsáveis pela criação de mais de dois milhões de empregos diretos – e estratégicos para a interiorização do setor produtivo – , segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).
Os APLs são agrupamentos de micro, pequenas e médias empresas num mesmo território, alinhadas em torno de uma única atividade econômica. “Os arranjos produtivos podem funcionar como estímulo, mas não existe uma receita pronta, pois os objetivos de cada um são distintos”, diz a diretora de Assuntos Institucionais da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Heloisa Menezes. “É preciso identificar as necessidades da base setorial e de cada localidade para se obter avanços de fato.”
Heloisa reforça que a promoção do desenvolvimento local depende do esforço conjunto de governos, empresários, sindicatos, associações e entidades de capacitação, de crédito e de tecnologia. “O simples estabelecimento de uma empresa em determinada região não é suficiente para modificar sua realidade”, avalia. “Políticas estaduais e até municipais para garantir a sua sustentabilidade precisam envolver acesso a crédito, tecnologia, mão de obra, além de um processo de desburocratização para inserir os empreendimentos na economia formal.”
Mas os APLs apontam para uma rota de crescimento, segundo avaliação do presidente da Agência de Desenvolvimento Econômico de Pernambuco (Ad Diper), Jenner Guimarães do Rêgo. “A política prioritária do governo de Estado é a interiorização do desenvolvimento, com a desconcentração dos investimentos para promover o equilíbrio social”, destaca.
Duas vertentes norteiam esse conjunto de ações. A implementação de empreendimentos estruturantes e o fortalecimento das cadeias e arranjos produtivos locais. Como resultado ele destaca a atração da Sadia, Perdigão, Bom Gosto, Alnor, Novartis, Hemobrás e o projeto Suape Global, entre outras centenas de empreendimentos.
Com intuito de garantir um fluxo de investimentos privados quando o acordo de isenção tributária com as empresas chegar ao fim, medidas para qualificar mão de obra e reforçar os serviços estão em curso. Uma delas envolve projeto articulado com Secretaria de Educação para levar ao interior novas escolas técnicas. “Também temos um banco de talentos locais formado em parceria com as próprias empresas, como é o caso da Sadia”, conta Rêgo. “A ideia é detectar a característica determinante ao negócio da empresa para depois intervir no arranjo produtivo do município, como ocorreu com a planta da Perdigão instalada em Bom Conselho, que rendeu novo estímulo à cadeia produtiva do leite.”
No Rio Grande do Sul, o estímulo tributário também caminha integrado a outros mecanismos. “Diante do acirramento da guerra fiscal é impossível disputar com outro Estado sem conceder esse tipo de benefício”, diz o secretário de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais do Rio Grande do Sul, Marcio Biolchi. “Priorizamos alguns setores de maior competitividade como o de biodiesel e o de energia renovável para o qual lançamos mão de crédito presumido de 50% do ICMS.”  
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