Líder da principal bancada de oposição, o deputado Márcio Biolchi (PMDB) entende que o governador Tarso Genro (PT) não deveria buscar a comparação com os demais estados da Região Sul apenas para aumentar o valor das taxas de licenciamento de veículos, conforme está previsto na segunda versão do Pacotarso. “Uma maneira justa de tratar os proprietários seria equiparar a cobrança do IPVA”, apontou Biolchi. Do contrário, o líder do PMDB vê no novo pacote de medidas do Piratini a única preocupação em aumentar o peso arrecadação, “algo que até mesmo algumas bondades não conseguirão amenizar”.
O RS tem o IPVA mais alto entre os três estados, com uma alíquota de 3% sobre o valor de automóveis, caminhões e motocicletas. Em Santa Catarina, a cobrança anual cai para 2%, enquanto que no Paraná a incidência é de 2,5% para veículos leves e de apenas 1% para caminhões. “Esta diferença é mais significativa no custo anual de manter o veículo regularizado. Um automóvel popular de R$ 30 mil, por exemplo, o IPVA no RS é R$ 300 mais caro do que passando o rio Mampituba”, comparou o deputado.
Na avaliação de Biolchi, se o governo tem o interesse de isentar os custos da primeira CNH (Carteira Nacional de Habilitação) para futuros motoristas de baixa renda, uma boa fonte para bancar esta gratuidade está na própria arrecadação anual do Detran. No ano passado, o superávit do órgão estatal superou os R$ 320 mil.
Veja, ao lado, íntegra de entrevista sobre o pacote de medidas do governo Tarso concedida ao jornalista Lasier Martins no programa Gaúcha Repórter na tarde desta terça-feira (24).