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Governo Tarso propõe seis meses de salário extra para diretores da estatal dos pedágios

# Líder do PMDB reage à quarentena remunerada para quem passar pela direção da EGR  
A cada nova avaliação dos projetos do pacote que o governador Tarso Genro (PT) vem encaminhando para a Assembleia Legislativa, os deputados se deparam com situações que reforçam a reação diante das matérias mais polêmicas. A mais recente delas estabelece uma quarentena remunerada em caso de demissão dos futuros diretores da EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) e surpreendeu o líder da bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi. “O governo propõe pagamento automático do mesmo salário ao longo de seis meses após o afastamento do cargo, mas sem qualquer critério mais claro”, criticou o líder da principal bancada de oposição.  
Biolchi avalia como procedente a quarentena para ex-dirigentes de estatais e bancos públicos, porém entende que o pagamento de salários apenas se justifica em caso de conflito de interesse. “Se este diretor ocupar outra função pública ou trabalhar na iniciativa privada em áreas sem qualquer vinculação com as concessionárias do pedágio, os seis meses de salário extra é descabido”, afirma o líder do PMDB. “Quarentena não pode ser seguro-desemprego”, fulmina o deputado. 
Outra situação que o deputado aponta se relaciona com a Agergs, onde não existe quarentena remunerada para ex-conselheiros. “De uma instância reguladora dos serviços concedidos se exige maior isenção”, compara. “Quarentena não pode ser seguro-desemprego”, fulmina o deputado. No governo federal existe quarentena de quatro meses para ministros, presidentes e diretores de autarquia, fundações e empresas públicas ou sociedade de economia mista. Porém, o pagamento de salário neste período apenas ocorre mediante autorização da Comissão de Ética Pública e caracterizada o conflito de interesse.

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