O líder da bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi, alertou para uma série de incertezas que acompanham a criação da EGR (Empresa Gaúcha de Rodovias) além do próprio tamanho da nova estatal que deverá assumir a gestão das praças de pedágio no RS. “Estão usando o argumento do modelo comunitário que já é administrado pelo DAER para justificar a criação de uma nova empresa”, afirmou Biolchi. Ele advertiu durante as discussões da matéria, na tarde desta terça-feira (12), para uma indefinição que cerca os polos instalados nas rodovias federais concedidas. “O governo promete devolver estas estradas para a União, mas o projeto não traz nenhuma garantia sobre o que acontecerá no futuro”, observou o líder peemedebista. Ele lembra que o governo federal poderá estabelecer nova licitação no término dos atuais contratos para concessão a empresas privadas, assim como já fez na BR 116 em Pelotas. Biolchi manifestou preocupação também com a resistência do governo em aceitar a fixação de um percentual de investimento em obras nas rodovias a partir da receita de cada praça. “Estão criando uma empresa sem definir o número de funcionários que serão contratados sem concurso, nem o valor dos salários. Quem nos garante que a receita do pedágio será consumida por esta estatal?”, cobrou o deputado.
