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Biolchi quer ações do estado para prevenir dano ambiental com o novo presídio de Passo Fundo

Deputado alerta para riscos de comprometimento do rio da Várzea, que abastece a população de Carazinho
 O líder da bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi, alertou para o risco de dano ambiental junto ao rio da Várzea, de onde a Corsan retira a água para abastecer a população de Carazinho, com a implantação da nova penitenciária de Passo Fundo. ´”Esperamos que o governo do estado adote os mecanismos necessários para proteção ambiental. Sabemos das necessidades de novas vagas no sistema penitenciário, mas o cuidado com a fonte de captação de água de toda uma comunidade é fundamental”, alertou o deputado durante pronunciamento na Assembleia Legislativa, na tarde desta quarta-feira (11). O novo presídio regional funcionará ás margens da BR 285, na divisa dos dois municípios, porém as obras estão paralisadas há um ano.
 Biolchi entende como necessária a implantação de uma unidade de tratamento dos resíduos que a futura penitenciária produzirá quando as mais de 320 celas projetadas estiverem em uso. No local, crua o arroio Araçá, principal afluente do rio da Várzea e, por conta de denúncias de um entidade ambiental, o Ministério Público de Passo Fundo instaurou inquérito civil para esclarecer a situação. Nesta sexta-feira (13), a comunidade de Carazinho estará participando de um ato público para alertar sobre os riscos de dano ambiental aos recursos hídricos por conta da obra.
 O projeto de construção da nova penitenciária tem um custo projetado em torno de R$ 10 milhões, mas não conta com a licença da Fepam (Fundação Estadual de Proteção Ambiental). Como o empreendimento foi considerado de impacto reduzido, o licenciamento ficou por conta do órgão municipal de Passo Fundo. “Não somos contra a construção, queremos as garantias de que não haverá danos ao rio da Várzea”, acrescentou Biolchi.
 Ele lembra que, como as obras estão paralisadas por uma discussão judicial entre o governo e a empreiteira que venceu a licitação, há tempo suficiente para tomar as medidas de prevenção. Quando o novo presídio estiver em atividade, estima-se a presença de duas mil pessoas no local, entre apenados, agentes de segurança e visitantes.

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