O líder da bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi, entende que o fato de constar no orçamento de 2013 a previsão de 12% de gastos para a saúde poderá se transformar em mais uma situação meramente formal. “Sempre fui um crítico às vinculações constitucionais por acreditar que medem o meio e não a qualidade do serviço. Jamais atingimos os 35% para a educação e uma das maiores calamidades do cidadão, que é a segurança pública, tem investimentos reduzidos ano após ano”, afirmou Biolchi, durante as discussões em torno da proposta orçamentária, na tarde desta quarta-feira (28). “Fico preocupado, porque, apesar do status de que essa seria a principal votação, ela não pode se tornar um ato meramente solene e parar por aí”, acrescentou.
Biolchi observou que o rela´tório apresentado pelo deputado Marlon Santos (PDT), que efetuou cortes na receita de todos os poderes para ampliar o recurso da saúde, mereceu o voto favorável da oposição. “Mesmo que para isso incluiu os gastos do Hospital da Brigada Militar e do IPE-Saúde, alcançarmos os 12% é uma necessidade”, reforçou.
O líder peemedebista lembrou, no entanto, que os investimentos na educação estão historicamente restritos a 29% e listou a redução nos gastos com a segurança. “É uma calamidade do cidadão, mas o atual governo está investindo a metade do que há dois anos”, criticou.
Biolchi citou que, em valores atualizados, os gastos realizados com segurança recuaram de R$ 3 bilhões em 2010 para R$ 1,5 bilhão neste ano.”Nem estou chegando à utopia de dizer que o orçamento tem que ser 100% realizado, na vírgula. O que digo é que, se não tivermos um mínimo de realização daquilo que é votado, todo o trabalho vai água abaixo”, arrematou o parlamentar.