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Biolchi discute detalhes do projeto do Corredor do Mercocul

# Ideia é estabelecer uma rota de exportações rodoferroviária até o Porto de Rio Grande para escoar a produção de grãos do RS e de países vizinhos 
Sem uma resposta dos órgãos governamentais diante dos enormes desafios para superar os gargalos na hora de escoar a nossa produção, um projeto pretende estabelecer um corredor de exportações cruzando o noroeste gaúcho até chegar ao porto de Rio Grande se valendo de uma estrutura rodoferroviária já instalada. Além de unificar dois modais para transportar soja e outros produtos primários do Paraguai, Bolívia e do norte da Argentina, o chamado Corredor do Mercosul teria como aporte a estrutura de armazenagem que a Cesa (Companhia Estadual de Silos e Armazéns) dispõe em vários municípios e que atualmente está subutilizada. A rota seria uma alternativa ao Porto de Paranaguá, no Paraná, tanto por apresentar uma distância menor e custos mais acessíveis.
Para se inteirar de maiores detalhes do projeto, o líder da Bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi, reuniu-se nesta semana com o ex-vereador de São Borja, João Manoel Bicca, idealizador e entusiasta do Corredor do Mercosul. “É algo que desperta interesse dos exportadores pelo custo menor no transporte, mas acima de tudo representa uma saída para a economia de toda uma região deprimida economicamente”, resumiu Bicca.  
Silos da Cesa ao longo do caminho
O projeto tem como foco as exportações de grãos dos países parceiros do Mercosul ingressando no Brasil de trem por São Borja e Porto Xavier. Até chegar nos silos da Cesa em São Luiz Gonzaga, as cargas seriam transportados por via rodoviária por uma distância de 100 km. Deste ponto, o transporte voltaria a se utilizar das linhas férreas já existentes até o Porto de Rio Grande.   Ao longo deste caminho, o Corredor do Mercosul cruza por silos da Cesa situados nos municípios de Santa Rosa, Santo Ângelo, Cruz Alta, Júlio de Castilhos, São Gabriel, Bagé, Capão do Leão e Rio Grande. “Isto representa segurança para qualquer exportador diante de alguma problema de logística”, explica o ex-vereador. Juntas, estas estruturas da Cesa têm capacidade para receber perto de 300 mil toneladas de grãos.
Com a experiência de dois anos no comando da Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Assuntos Internacionais, entre 2008 e 2010, Biolchi vê no projeto boas perspectivas para estabelecer novas perspectivas de crescimento econômico para a Fronteira gaúcha. “É preciso uma decisão política do governo e assim agregar parceiros privados para sua implementação”, avalia o deputado.
Além da redução de custos para as exportações, o Corredor do Mercosul igualmente serviria de rota para as cargas que chegam via Porto de Rio Grande com destino aos países vizinhos, assim como para exportações da indústria gaúcha, como implementos agrícolas, fertilizantes e produtos do setor metal-mecânico.  

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