Líder da bancada do PMDB, deputado Márcio Biolchi avalia que faltou ao governo lealdade em relação ao Magistério gaúcho por omitir, nas reuniões que realizou com o Cpers/Sindicato, a intenção de aumentar a alíquota do IPE. “Se para o nível mais baixo da categoria, a incorporação prevista para o mês de maio não representará qualquer reajuste efetivo, aos outros níveis este índice desaparecerá com a elevação do desconto previdenciário”, alertou Biolchi, logo na abertura dos debates, na tarde desta terça-feira (20), sobre o projeto do governo prevê uma recomposição de 23,5% em três parcelas.
Partidos da base de apoio do governador Tarso Genro (PT), segundo divulgou a imprensa, teriam sido comunicados de que o Palácio Piratini trabalha uma proposta para elevar de 11% para até 1 3,5% o desconto do IPE. No ano passado, a Justiça derrubou a primeira tentativa do atual governo em cobrar 14% dos salários para a área previdenciária.
Por este motivo, Biolchi renovou o apelo para transferir a votação para a próxima terça-feira, depois que o próprio Cpers decidiu abrir mão da implantação do Piso Nacional do Magistério neste ano, desde que o reajuste de 23,% fosse pago em uma única vez. “Na semana passada, a base do governo pediu nosso apoio para deixar a votação para hoje, mas agora impõe sua maioria sem o diálogo no ambiente político prometido pelo governador”, cobrou o peemedebista. “Serão 29 votos contra todos os professores gaúchos”, projetou o líder do PMDB, antecipando o provável resultado na votação do projeto.
Biolchi salientou que o Piso do Magistério, atualmente fixado em R$ 1.451,00, deixou de ser uma reivindicação da categoria para assumir a condição de “proposta de governo”. “Tarso se diferenciou dos demais candidatos por prometer o Piso para ganhar as eleições”, criticou.
Biolchi: primeira parcela do reajuste desaparecerá com possível aumento do IPE
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